segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Faça me rir.


Deixam rir, da sua barriga grande.
Do seu cabelo desajeitado, do seu
dente curvo.
Sorri da sua própria condição humana.
Carrega o humor no nome, mesmo em
dia brando.
A quem nunca o leva a sério, a quem
tem vontade de levar no colo.
Faz sorrir mesmo quando o coração não tá bom.
No palco, no chão, não importa sempre carrega seu
cenário na mão.
O seu oficio é fazer rir, não da piada cansada
de ser piada, mas da cara do sujeito despudorado.
Da facilidade de tirar barato, de dar a volta por cima.
Meu pai já dizia quero um filho comediante, parece até
brincadeira, isso eu nunca ouvi dizer.
Da criatura criativa, me perco no tempo.
Se canta tem graça, se vai embora ahhhhh, o público
não gosta.
Conta historia sem vergonha de fazer cara feia.
Veste minissaia de bolinha vermelha.
Tudo isso porque amamos os engraçados.