segunda-feira, 9 de junho de 2008

A espera.


Distraída o meu olhar encontra o seu.
Já é tarde insistiu pra ficar.
Gosta de pegar as cartas pra mim
e me ensina a jogar.
Faz questão de sentar-se ao meu lado
e me mostra uma banda nova.
Na canção diz, que o moço tímido
demora pra se despedir.
De saída gosta de me ver maquiar.
Na boca, o batom vermelho da
menina independente põe a se borrar.
O moço gentil se oferece a limpar.
Ato que levaram a se deitar.
De manhã logo cedo, moça bonita sai
pra trabalhar.
Moço bom faz a cama e espera a bela voltar.
No relógio marca as seis, hora de fazer o jantar.
Faz frio, anoitece.
O seu rosto já não é mais o de moço, e ele
ainda insiste em esperar.